quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ele: Oi?

Ela: Oi, como foi seu dia?
Ele: Ah, oi. Normal, nada muito novo.
Ela: Hm. Nem na escola?
Ele: Não, por que?
Ela: Nada, só queria saber, ter algo pra poder conversar com você.
Ele: ... Só pra isso que ligou?
Ela: Na verdade era pra te dizer, Te... Boa noite.
Ele: Então tá, Boa noite.

Ele desligou o telefone.
No dia seguinte ela tornou a ligar.


Ele: Alô?
Ela: Oi, como está?
Ele: Bem.
Ela: Que bom.
Ele: ...
Ela: Eae, tá de bobeira?
Ele: To sim, por que?
Ela: Ah, porque eu tava querendo te chamar pra irmos no shopping agora.
Ele: Hm, mas nem dá.
Ela: Por que?
Ele: Minha namorada pode ficar com ciúmes.
Ela: NAMORADA? Mas você nem me contou que estava namorando.
Ele: É, tem pouco tempo.
Ela: Desde quando?
Ele: Duas semanas.
Ela: Pouco tempo? A gente se fala quase todos os dias, e você me contou isso agora?
Ele: Ah, não achei que quisesse saber, mas se quiser eu conto. Foi assim, a duas semanas atrás eu pedi ela em namoro e ela...
Ela: Espera! Você pediu ela em namoro?
Ele: Sim...
Ela: ...

A menina foi quem desligou o telefone dessa vez, ela só conseguia chorar. Como ele era capaz de fazer isso com ela? Eles tinha ficado meses juntos,
e ele nem falava a palavra "namoro". Ela não entendia o porque, ela só conseguia pensar no amor que ela tinha dado pra ele e ele nunca tinha dado valor.
Passaram-se quase um mês, a menina então não resistiu e ligou.


Ele: Alô?
Ela: Er, oi.
Ele: Quem é?

Aquilo feriu a menina, ele já nem lembrava mais dela.

Ela: Sou eu, Débora.
Ele: Ah, sim! Tava sumida!
Ela: É, andei ocupada resolvendo uns assuntos. Mas porque, sentiu minha falta?

E então, toda a dor que ela sentiu a poucos segundos estava transformada em felicidade.

Ele: Um pouco...
Ela: Hm.
Ele: Na verdade, muita. Eu senti muito a sua falta sim! Está ocupada agora?
Ela: Sim, porque?
Ele: É que... eu queria... te chamar...
Ela: Me chamar?
Ele: É, pra sair! É isso que eu to tentando dizer. Você quer... ?
Ela: Eu não posso hoje.
Ele: Ah, então tá. Eu vou ir dormi então, bei...
Ela: Espera, eu não posso hoje, mas amanhã estou livre!
Ele: Sério? Que bom! Te pego ás 16:00 então!
Ela: Calma (risos)! Às 17:00 aqui!
Ele: Tá, 17:00 então!
Ela: Tá, beijos
Ele: Beijos, Boa noite!
A menina foi dormir radiante.
No dia seguinte, ás 16:50 ela olhou pela janela e ele já estava lá embaixo, ela então desceu.
Quando chego na portaria, ela tremia de felicidade ao ve-lô. Os dois foram para o shopping, pegaram um cinema, e depois ele a convidou para jantar,
no restaurante então conversaram.


Ele: Eu nem acredito que voltou a falar comigo numa boa.
Ela: Na verdade, nem eu acredito muito nisso.
Ele: Por que?
Ela: Porque você me machucou demais...
Ele: Eu sei, eu fui um ridículo, mas porque tinha medo de me envolver demais com você.
Ela: E com a menina, não tinha medo?
Ele: Nunca teve nenhuma menina, eu só disse aquilo pra ver se você se afastava de mim, porque com você perto, era impossível te esquecer.
Ela: ...
Ele: Me desculpa?
Ela: Você me fez sofrer demais..
Ele: Eu achava que assim ia ser melhor.
Ela: Por que você simplesmente não fico comigo? Nós podiamos estar juntos!
Ele: Eu tinha muito medo do que sentia por você, achei que se te afastasse isso passaria.
Ela: ...
Ele: Mas eu me enganei, e muito! Você era o meu oxigênio, você me fazia viver. Me dava alegria só de estar por perto, eu gostava demais de você, e não sabia como lhe dar com isso. Quando você foi embora, eu, na minha santa ignorancia, achava que me livraria desse estranho sentimento, mas foi o inverso! Eu sofri muito, eu sentia sua falta todos os momentos do dia. A noite, na hora que você costumava ligar então,
eu chorava muito lembrando de como fui rude com você. Eu só queria ter um dia a chance de ter denovo.
Ela: Eu achava que você não gostava de mim.
Ele: Eu te amava, antes mesmo de saber o que é amor!

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